quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Picada pela tsé tsé?


X

Ai, que sono!!!

Hoje uma amiga ligou várias vezes aqui em casa. E em todas as vezes teve a mesma resposta:
- Ela está dormindo há horas e eu não consigo acordá-la!
Então minha amiga concluiu:
- Ah! Foi picada pela tsé tsé!

Mas, não foi não... Primeiro pq por aqui não rola essa tal mosquinha que transporta o responsável por causar a doença do sono. Aliás, nome Tsé tsé vem de um dialeto de uma tribo lá da África equatorial, que é uma região banhada pelo rio Congo. Pode-se dizer que essa região é o coração verde da África, por isso que tem tanta mosca, inclusive essa danadinha!

Agora quanto ao meu sono... Pois é passei o dia dormindo. Era tudo que eu queria, mas desse jeito tá muito chato! Pq tô dormindo é de tão dopadinha. Minha alergia, nada de melhorar, então ontem fui em outro dermatologista. O diagnóstico? Só Deus pra saber! Mas, o tratamento ele soube e até avisou que eu hibernaria... Nossa! E que hibernada! Espero que logo melhore pra poder espaçar os horários do remédio. Na bula diz assim: 1 a 4 comprimidos de 10 mg = dose anti-histamínica, 2 a 4 comprimidos de 25 mg = dose sedativa. Tô tomando a dose sedativa, né! Tá explicado!

Moral da história: Pra curar a alergia preciso parar de coçar, e pra isso, só dormindo!

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Grandes pequenas coisas ao nosso alcance - Parte I - O passeio histórico

Passei uns dias em Santos. Não os dias de trabalho. Dias de passeio. Passei 3 dias com a minha mãe e depois mais 3 com meu marido. Santos é tão pertinho de São Paulo. É tão legal. E ninguém dá bola pra passear em Santos. No meu primeiro tour com Mamãe iniciamos os passeios históricos, que eu repeti depois com o Rodrigo.


Dessas fotos aí de cima, a que está à esquerda é de dentro do bondinho funicular (durante a subida) que nos leva ao alto do morro de Monte Serrat ( http://www.monteserrat.com.br/ ), que diz a lenda que este lugar era um mirante para avistar possíveis invasores holandeses e quando estes chegaram e estavam subindo , houve um milagre em que a santa (Nossa Senhora de Monte Serrat) fez com que pedras rolassem e matassem os tais invasores. A imagem da direita é lá de cima, foi tirada do lindo mirante, lá tem também uma igrejinha (foto centralizada) e lindos salões, onde aconteciam festas de casamento bem chiques, além de no passado funcionar um glamourioso casino. Aliás, eles estão tentando revitalizar esse clima de festas. É super legal, mas imagina esperar todos os convidados subirem de bondinho, que deve transportar mais ou menos 25 pessoas... Além da brincadeira ficar cara, já que o transporte custa R$12,50 por pessoa! Fora o aluguel dos salões e tal...
Bom, na sequência fomos ao centro histórico. Lá foi muuuito legal, passeamos de bondinho ( à esquerda). É daqueles antigos mesmo, de verdade, o mesmo usado até o fim da era dos bondes como transporte coletivo. Daí, partimos para o Museu do Café ( http://www.museudocafe.com.br/ ). Nossa, um lugar tão cheio da nossa história que cheguei a me comover... Soube que o Vô do Rodrigo e talvez o Pai dele esteviveram por ali, o Pai do Carlos tinha uma cadeira na bolsa oficial do café... muitas fotos de tudo... o que me emociona muito, saber que aquelas pessoas estiveram ali mesmo há muito tempo atrás e que jamais imaginaram que estaríamos olhando pra elas hoje... Ah, no museu (que era antiga Bolsa Oficial do Café - na foto à direita) vale destacar que o piso, o teto e um vitral (foto centralizada) são lindíssimos! Ah, é claro, fora a cafeteria de lá, que é chiquérrima e deliciosa!!! Adorei!

O império no interior paulista

Juca Rocha trabalhara bastante para a construção de seu império. Ao longo dos anos tornou-se o coronelzinho de Vargem Grande, interior paulista, mas não deixou que sua posição de destaque na sociedade local invadisse sua vida com luxo. Vida simples, hábitos simples. O dinheiro era poupado. Pode-se dizer que tangenciava o mérito do título de sovina. A única exceção e concessão para a abundância eram quando se tratava da educação dos filhos e netos. Pode-se dizer, que por seu estilo econômico de vida, de certa maneira sua esposa vez em quando assaltava sua carteira e seu cofre, pegando um bloquinho ou outro de notas para a compra de tecidos, rendas e outras pequenas miudezas cobiçadas pelo universo feminino em que vivia.Juca tinha um jeito muito engraçado de ser. À primeira vista era rabugento, mas na verdade não era nada disso. Parecia de fato ser uma criança.Nunca aprendera a dirigir e mesmo assim saía pra todo lado com sua rural. Claro, sempre levava alguém a tira colo para funcionar de espelho retrovisor. Habilitação? Comprara para mera formalidade, pois quando parado pela polícia rodoviária apenas indagava: - Sabe quem eu sou? Juca Rocha! – e a viagem transcorria com relativa tranqüilidade, não fosse a pouca habilidade do condutor.Era um homem bom. Dera emprego e casa a muita gente. Tinha alguns fiéis escudeiros, entre eles: Antonio Rato e Zé da Cruz. Os funcionários pau pra toda obra. O primeiro era o que tratava da criação e o segundo da área madeireira. E ajudaram-no a manter sua fortuna em constante progresso.A vida parecia completa. Em primeira instância pode-se dizer que foi agraciado com cinco filhos e muitos netos, o que tardiamente e nem ele teve conhecimento é que seu império virou uma arena de sujas batalhas.Infelizmente no alto de seus 86 anos, contraiu um câncer de próstata, muito tardiamente diagnosticado e que acabou por levá-lo a morte, fato que até hoje é motivo de intriga familiar, em que seus descendentes se degladiam inescrupulosamente na infeliz tentativa de se apossarem do posto de coronéis, pena não perceberem que essa era já passou.

Era um menino

menino, aparentemente, como tantos outros. Vivia em Belém do Pará.. Pertencia a uma família numerosa, seis irmãos. Todos conhecedores e respeitadores, desde muito miúdos, dos princípios ideológicos mais invejáveis. Fruto de sua criação. Pais estremados no catolicismo e cujo dever da caridade era levado à risca. O hábito de perceber o menos favorecido, sempre cultivado. Não que tivesse muito, aliás, era por ter pouco que entendia quem eram os que passavam necessidade. Em seu nada farto, porém acolhedor lar era conhecido como CQS: come o que sobra. E nesta brincadeira se fazia feliz. Esperava que todos se servissem e ao final fazia a festa, se é que se podia falar assim.José. Tão pequeno e com sonhos tão grandes. Queria ser doutor na capital do Rio de Janeiro. E labutou pra isso. Fez de seus estudos uma ponte para alcançar o desejado título. No alto de seus 23 anos formou-se médico, fundamentalmente, um sanitarista. Havia se enamorado, de todo seu coração, por uma bela moça, de família muito mais abonada que a dele e nativa do Rio de Janeiro. Uma recém formada enfermeira, da Escola de Enfermagem Anna Nery. Coisa fina.Batalhou muito para conseguir toma-la pra si, já que os pais de Isabel não concordavam com o passo que a filha pensava em tomar: casar-se com um doutor, porém que não tinha e nem nunca havia tido onde cair morto. Veja só, que coisa!Persistiu e acabou por dobrar Sr. Mattos e D. Laura, com sua dignidade pessoal e seu coração grande, além é claro de deixar evidente a veracidade de sua ternura e amor por Isabel, o que alegou, com êxito, ser o melhor dote de todos.