quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Ah, Maracujá!


Acho que estou na fase do maracujá. Acho não, definitivamente estou. Sem querer percebi que estou usando sabonete de maracujá, óleo de maracujá e ao pensar que meu sítio está precisando de mais belezas naturais... pensei na flor de maracujá. Veja só que coisa boa... Ter uma plantinha linda, que dá uma flor maravilhosa e um fruto delicioso... além de ser a cara do nosso Brasilzão tropical! Só de olhar e comer o maracujá já até uma alegriazinha! Além é claro de ser conhecida como “a flor da paixão”... o que também condiz com a minha realidade... rs... É uma plantinha abençoada mesmo. Diz o folclore popular nordestino, que quando Jesus estava na cruz, seu sangue escorreu pela madeira e molhou o solo. No pé da cruz havia uma planta que nunca deu flor e não tinha nenhuma virtude. Quando o sangue molhou a planta, ela soltou um botão, o botão virou flor e a flor trazia todos os sinais da crucificação. - "E havia junto da cruis, Um pé de maracujá, Carregadinho de frô, Aos pé de nosso sinhô. I o sangue de Jesus Cristo, Sangui pisado de dô, Nus pé du maracujá, Tingia todas as frô. Achei lindo isso! Tô feliz de estar na era do maracujá!!!

Equívoco literário

Há vários textos, crônicas e poemas em que rola uma discussão quanto à verdadeira autoria. Não que eu seja uma pessoa especialmente ligada à poesia... Na verdade não sou. Gosto, mas não costumo ler esse tipo de livro, entende? Tem um poema que sempre vi em vários lugares e acho simples, cotidiano e verdadeiro. Sua autoria pra mim e pra metade da população da Terra que o conhece, sempre foi atribuída a Jorge Luis Borges, um dos escritores mais importantes da Argentina. Caí de cara quando descobri que a autoria não é dele... Há indícios de seja de Nadine Stair, uma escritora norte-americana. Porém há quem conteste isso e atribua uma terceira autoria para o poema “Instantes”. Bom, a essa altura do campeonato, pra mim nada disso interessa também... O que interessa é que o poema existe!
INSTANTES

Se eu pudesse viver novamente minha vida, Na próxima, trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. Seria mais tolo ainda do que tenho sido. Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.

Seria menos higiênico, correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios. Iria a lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.

Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da vida: claro que tive momentos de alegria. Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos. Porque, se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos; não perca o agora. Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas; se voltasse a viver viajaria mais leve.

Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono. Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vida pela frente. Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo.

Autor: X

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

A minha fofolete vale muito mais que ouro!!!


Um dia ganhei um presente da minha mãe. O presente mais lindo que se possa imaginar. Mãe é a coisa mais maravilhosa do mundo! Amo a minha tanto que não é possível explicar. Ela me deu uma caixinha e um texto xerocado. Ao abrir a caixinha me deparei com uma linda fofolete (igualzinha aquelas do nosso tempo, meninas!). O texto dizia o seguinte, resumidamente:

Era uma vez, uma menina que vivia muito bem com seus pais. Um dia sua mãe fica profundamente doente e antes de falecer presenteia a filha com uma boneca extremamente parecida com ela, inclusive nas vestimentas. A mãe diz assim:

“ - Esta boneca é para você, meu amor. Estas são minhas últimas palavras, querida. Se você se perder ou precisar de ajuda, pergunte à boneca o que fazer. Você receberá ajuda. Guarde sempre a boneca. Não fale a ninguém sobre ela. Essa é minha benção de mãe pra você.”

Após algum tempo o pai da menina casa-se novamente. Ele traz com ele uma madrasta ruim com duas filhas ainda piores. Nem é preciso dizer que elas judiam demais da menina. Ela se torna escrava delas e como é boa e bonita desperta cada vez mais raiva e inveja.
Um dia faz muito frio. Aquele frio terrível que entra nos ossos. Fora tudo está coberto de neve e é quase impossível que um ser humano consiga enfrentar os rigores do inverno. A madrasta e as filhas combinam de mandar a menina buscar fogo, para que possa padecer e sucumbir. Ela aceita a incumbência. Parece que tudo está perdido, mas ela leva a boneca em seu avental. Tudo que pergunta, a boneca responde, ela é seu guia na viagem empreendida rumo a casa da bruxa Baba Yaga, o único lugar onde o fogo pode ser encontrado. Muitos perigos são enfrentados no caminho, a menina enfim defronta-se com a bruxa; muitas tarefas lhe são impostas, mas a sabedoria advinda da boneca faz com que se saia muito bem. Finalmente ela retorna sã e salva, a madrasta e suas filhas são severamente punidas e a menina e o pai vivem felizes para sempre.

Este é um resumo dessa estória que é contada na Rússia, na Romênia, na Iugoslávia, na Polônia e em todos os países baixos.

É uma estória delicada, sensível e que me fez chorar ao ler e olhar para aquela bonequinha e constatar o quanto eu já tinha me apegado a ela e o quanto ela seria sempre, sagrada pra mim... É um conto que na verdade fala de um dom passado de mulher para mulher: a intuição. No caso, o melhor presente que minha mãe bruxinha poderia me dar, com a maravilhosa vantagem de estar aqui por perto.
Então, tenho duas conselheiras: mamãe e a bonequinha... que curiosamente costumam ter sempre a mesma resposta pra tudo que pergunto.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Feitos um pro outro!!!



Pois é... Eu e o meu Rodrigo fomos feitos um pro outro... em vários aspectos... Um deles é que com a gente acontecem coisas realmente surreais!!!

Olha só... O Rô estava displicentemente na porta do correio aguardando sua senha ser chamada. Então, acendeu um cigarro. Não que ele seja um fumante inveterado, mas é um fumante ocasional, quando não tem nada pra fazer, ou quando tem muita coisa pra fazer fuma, mas no dia-a-dia não. Então, um cara que era o próximo da fila passou a vez pra ele pq estava aguardando alguém trazer uns documentos... O Rodrigo então, arremessou o cigarro (acredito que por ali não houvesse um lixo... hehehe!) que foi parar no colarinho de um cidadão que passava na rua... e o homem não percebeu o que era (OBS: tô dando muita risada escrevendo!!! Quem conhece o "Fraudinha" pode imaginar!!!), mas imaginou que fosse uma mosca ou coisa parecida e o coitado tentava repetidamente tocar a "mosca que picava"... e o Rodrigo desesperado vendo o cangote da criatura saindo fumaça... e dividido entre socorrer o homem e garantir sua vaga no guichê... Óbvio que decidiu ir até o pobre homem e começou freneticamente a chacoalhar sua camisa, dizendo:
- Cuidado, tá queimando, tá queimando!!!
Foi-se a vaga na fila, mas preservou-se o cangote do bitucado!

Bom, e eu hoje fui dar aula lá em Santos. Peguei uma p. chuva na volta. Quando fui chegando em SP deu uma amenizada. Parei no supermercado. Na volta pro carro uma Sra chuva de novo... Abri a porta do carro e puft... Veio uma ventania e a p. da porta bateu na minha testa... e o galo tá cantando que só vendo... Tô me sentindo o Thomas Green Morton (aquele "homem do rá"), porém com muuuito menos poderes.

Moral da história: Toda panela tem sua tampa!!!

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Não é que deu certo!

Recebi isso por email. Não tem utilidade nenhuma, convenhamos... Mas, achei curioso.
Faz as continhas aí:
1) Escolha um número de noites por semana que você gostaria de jantar fora.
2) Multiplique esse número por 2
3) Adiciona-lhe 5
4) Multiplica o por 50
5) Se a data do seu aniversário já passou esse ano, adicione 1755. Se ainda não passou adicione 1754
6) Subtraia o número correspondente ao teu ano de nascimento (aaaa)
Você deve obter um número com 3 algarismos.
O primeiro algarismo deverá ser:
- o número de vezes por semana em que gostaria de ir jantar num restaurante.
- os dois últimos algarismos correspondem a tua idade.
Pra vc deu certo?

quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Picada pela tsé tsé?


X

Ai, que sono!!!

Hoje uma amiga ligou várias vezes aqui em casa. E em todas as vezes teve a mesma resposta:
- Ela está dormindo há horas e eu não consigo acordá-la!
Então minha amiga concluiu:
- Ah! Foi picada pela tsé tsé!

Mas, não foi não... Primeiro pq por aqui não rola essa tal mosquinha que transporta o responsável por causar a doença do sono. Aliás, nome Tsé tsé vem de um dialeto de uma tribo lá da África equatorial, que é uma região banhada pelo rio Congo. Pode-se dizer que essa região é o coração verde da África, por isso que tem tanta mosca, inclusive essa danadinha!

Agora quanto ao meu sono... Pois é passei o dia dormindo. Era tudo que eu queria, mas desse jeito tá muito chato! Pq tô dormindo é de tão dopadinha. Minha alergia, nada de melhorar, então ontem fui em outro dermatologista. O diagnóstico? Só Deus pra saber! Mas, o tratamento ele soube e até avisou que eu hibernaria... Nossa! E que hibernada! Espero que logo melhore pra poder espaçar os horários do remédio. Na bula diz assim: 1 a 4 comprimidos de 10 mg = dose anti-histamínica, 2 a 4 comprimidos de 25 mg = dose sedativa. Tô tomando a dose sedativa, né! Tá explicado!

Moral da história: Pra curar a alergia preciso parar de coçar, e pra isso, só dormindo!

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Grandes pequenas coisas ao nosso alcance - Parte I - O passeio histórico

Passei uns dias em Santos. Não os dias de trabalho. Dias de passeio. Passei 3 dias com a minha mãe e depois mais 3 com meu marido. Santos é tão pertinho de São Paulo. É tão legal. E ninguém dá bola pra passear em Santos. No meu primeiro tour com Mamãe iniciamos os passeios históricos, que eu repeti depois com o Rodrigo.


Dessas fotos aí de cima, a que está à esquerda é de dentro do bondinho funicular (durante a subida) que nos leva ao alto do morro de Monte Serrat ( http://www.monteserrat.com.br/ ), que diz a lenda que este lugar era um mirante para avistar possíveis invasores holandeses e quando estes chegaram e estavam subindo , houve um milagre em que a santa (Nossa Senhora de Monte Serrat) fez com que pedras rolassem e matassem os tais invasores. A imagem da direita é lá de cima, foi tirada do lindo mirante, lá tem também uma igrejinha (foto centralizada) e lindos salões, onde aconteciam festas de casamento bem chiques, além de no passado funcionar um glamourioso casino. Aliás, eles estão tentando revitalizar esse clima de festas. É super legal, mas imagina esperar todos os convidados subirem de bondinho, que deve transportar mais ou menos 25 pessoas... Além da brincadeira ficar cara, já que o transporte custa R$12,50 por pessoa! Fora o aluguel dos salões e tal...
Bom, na sequência fomos ao centro histórico. Lá foi muuuito legal, passeamos de bondinho ( à esquerda). É daqueles antigos mesmo, de verdade, o mesmo usado até o fim da era dos bondes como transporte coletivo. Daí, partimos para o Museu do Café ( http://www.museudocafe.com.br/ ). Nossa, um lugar tão cheio da nossa história que cheguei a me comover... Soube que o Vô do Rodrigo e talvez o Pai dele esteviveram por ali, o Pai do Carlos tinha uma cadeira na bolsa oficial do café... muitas fotos de tudo... o que me emociona muito, saber que aquelas pessoas estiveram ali mesmo há muito tempo atrás e que jamais imaginaram que estaríamos olhando pra elas hoje... Ah, no museu (que era antiga Bolsa Oficial do Café - na foto à direita) vale destacar que o piso, o teto e um vitral (foto centralizada) são lindíssimos! Ah, é claro, fora a cafeteria de lá, que é chiquérrima e deliciosa!!! Adorei!

O império no interior paulista

Juca Rocha trabalhara bastante para a construção de seu império. Ao longo dos anos tornou-se o coronelzinho de Vargem Grande, interior paulista, mas não deixou que sua posição de destaque na sociedade local invadisse sua vida com luxo. Vida simples, hábitos simples. O dinheiro era poupado. Pode-se dizer que tangenciava o mérito do título de sovina. A única exceção e concessão para a abundância eram quando se tratava da educação dos filhos e netos. Pode-se dizer, que por seu estilo econômico de vida, de certa maneira sua esposa vez em quando assaltava sua carteira e seu cofre, pegando um bloquinho ou outro de notas para a compra de tecidos, rendas e outras pequenas miudezas cobiçadas pelo universo feminino em que vivia.Juca tinha um jeito muito engraçado de ser. À primeira vista era rabugento, mas na verdade não era nada disso. Parecia de fato ser uma criança.Nunca aprendera a dirigir e mesmo assim saía pra todo lado com sua rural. Claro, sempre levava alguém a tira colo para funcionar de espelho retrovisor. Habilitação? Comprara para mera formalidade, pois quando parado pela polícia rodoviária apenas indagava: - Sabe quem eu sou? Juca Rocha! – e a viagem transcorria com relativa tranqüilidade, não fosse a pouca habilidade do condutor.Era um homem bom. Dera emprego e casa a muita gente. Tinha alguns fiéis escudeiros, entre eles: Antonio Rato e Zé da Cruz. Os funcionários pau pra toda obra. O primeiro era o que tratava da criação e o segundo da área madeireira. E ajudaram-no a manter sua fortuna em constante progresso.A vida parecia completa. Em primeira instância pode-se dizer que foi agraciado com cinco filhos e muitos netos, o que tardiamente e nem ele teve conhecimento é que seu império virou uma arena de sujas batalhas.Infelizmente no alto de seus 86 anos, contraiu um câncer de próstata, muito tardiamente diagnosticado e que acabou por levá-lo a morte, fato que até hoje é motivo de intriga familiar, em que seus descendentes se degladiam inescrupulosamente na infeliz tentativa de se apossarem do posto de coronéis, pena não perceberem que essa era já passou.

Era um menino

menino, aparentemente, como tantos outros. Vivia em Belém do Pará.. Pertencia a uma família numerosa, seis irmãos. Todos conhecedores e respeitadores, desde muito miúdos, dos princípios ideológicos mais invejáveis. Fruto de sua criação. Pais estremados no catolicismo e cujo dever da caridade era levado à risca. O hábito de perceber o menos favorecido, sempre cultivado. Não que tivesse muito, aliás, era por ter pouco que entendia quem eram os que passavam necessidade. Em seu nada farto, porém acolhedor lar era conhecido como CQS: come o que sobra. E nesta brincadeira se fazia feliz. Esperava que todos se servissem e ao final fazia a festa, se é que se podia falar assim.José. Tão pequeno e com sonhos tão grandes. Queria ser doutor na capital do Rio de Janeiro. E labutou pra isso. Fez de seus estudos uma ponte para alcançar o desejado título. No alto de seus 23 anos formou-se médico, fundamentalmente, um sanitarista. Havia se enamorado, de todo seu coração, por uma bela moça, de família muito mais abonada que a dele e nativa do Rio de Janeiro. Uma recém formada enfermeira, da Escola de Enfermagem Anna Nery. Coisa fina.Batalhou muito para conseguir toma-la pra si, já que os pais de Isabel não concordavam com o passo que a filha pensava em tomar: casar-se com um doutor, porém que não tinha e nem nunca havia tido onde cair morto. Veja só, que coisa!Persistiu e acabou por dobrar Sr. Mattos e D. Laura, com sua dignidade pessoal e seu coração grande, além é claro de deixar evidente a veracidade de sua ternura e amor por Isabel, o que alegou, com êxito, ser o melhor dote de todos.